'Vida Alheia' retrata o dia-a-dia de uma revista de fofocas


Rio de Janeiro (O Repórter) - O episódio de estreia de ‘A Vida Alheia’ apresenta aos telespectadores a desafiadora rotina dos profissionais da revista homônima, especializada na cobertura da vida pessoal de famosos. Sem medir consequências, a poderosa editora Alberta Peçanha (Claudia Jimenez) estampa nas capas da publicação – da qual Catarina Faissol (Marília Pêra) é proprietária – escândalos flagrados pelas lentes de seus paparazzi. Lírio (Paulo Vilhena) e seu amigo Chico (Edgar Bustamante) fazem o que podem para conseguir, sem serem percebidos, os melhores cliques para ilustrar as páginas da polêmica revista.

No primeiro capítulo, Manuela (Danielle Winits), a ambiciosa repórter da Vida Alheia, suspeita que o filho da celebridade Verônica Moyana (Isabeli Fontana) não seja de seu marido, Alfredo (Geraldo Blota Filho). A jornalista compara uma foto da criança com outra do ator Tadeu Bertini (Carlo Porto), e percebe que ambos têm manchas de nascença idênticas. Tadeu havia contracenado com Verônica em uma novela há pouco tempo e Manuela desconfia que os dois tenham se envolvido.

Correndo atrás de um grande furo, a repórter se disfarça de babá e, em contato com o filho de Verônica, consegue uma amostra de DNA. Já Alberta se encarrega de encontrar Tadeu – sob o falso pretexto de uma entrevista que o dará a capa da revista – e conseguir alguns fios de seu cabelo para o teste de paternidade. Com a prova em mãos, cabe à Alberta negociar com os envolvidos no caso o quanto vale a publicação da notícia.

O episódio ‘Manchas do Passado’ vai ao ar na quinta-feira, dia 08 de abril. ‘A Vida Alheia’ tem autoria de Miguel Falabella, com colaboração de Antônia Pellegrino, Carlos Lombardi e Flávio Marinho. O seriado tem na equipe de direção Cininha de Paula, Marco Rodrigo e Miguel Falabella, e direção de núcleo de Roberto Talma.

Fonte: O Repórter
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A vida alheia, de Miguel Falabella, estreia e coloca fofoca em xeque

Por que a vida dos outros parece tão mais interessante? A questão será tratada com humor e ironia em ‘A vida alheia’, seriado de Miguel Falabella, que pretende mostrar como a fofoca move o mundoNo fim dos anos 50, Marília Pêra já atuava no teatro, na companhia formada pelos pais. Ela tinha 4 anos na época. Até atingir o status de diva, a atriz, porém, percorreu um longo caminho feito de peças, filmes e grandes trabalhos também na TV. Agora, imagine se a pequena Marília aparecesse hoje, pirralha, dando show num palco. Muito provavelmente alguém já teria feito um vídeo, colocado no Youtube e, em questão de horas, a atriz-mirim viraria uma celebridade com fotos publicadas na internet, em comunidades virtuais, redes de relacionamento, estaria dando entrevistas e sendo alvo dos paparazzi e das capas de revista. Exagero?
— Quando comecei, não era comum artista sair em jornais. Sou do tempo em que a gente começava a fazer psicanálise com muita vergonha, íamos às consultas e contávamos algumas poucas intimidades. Hoje, conta-se tudo para todo mundo. As operadoras de telefone vendem “você pode falar durante tantos minutos sem pagar nada”. O importante é falar da sua vida, se expor, ser fotografado, estar na vitrine — analisa a própria Marília, que a partir desta quinta-feira aparecerá na telinha como a poderosa Catarina Faissol, dona da revista “Vida alheia”, especializada em fofocas de celebridades, na série homônima, criada por Miguel Falabella: — Tento me adaptar a uma situação que é nova para mim e para as pessoas da minha geração.
Acostumado a viver sob os holofotes e a conviver aparentemente numa boa com eles, Falabella teve a ideia de fazer o seriado quando jantava com a amiga Claudia Jimenez, no Leblon, que além de ser o bairro preferido de Manoel Carlos, é o local onde fotógrafos e famosos batem ponto diariamente:
— Estava num restaurante com a Claudia, quando um paparazzo começou a nos fotografar. Estávamos conversando sobre voltar a trabalhar juntos e na hora tive a ideia de fazer um seriado que falasse sobre as revistas de celebridades. Começamos a conversar sobre este projeto e deu certo.
Claudia, uma quase co-criadora, obviamente, colocou-se imediatamente no projeto. É dela o papel de Alberta, a editora “sangue nos olhos”, disposta a qualquer coisa por um bom furo jornalístico, mesmo que isso esteja atrelado a questões não muito éticas.
— Quando ela enxerga uma oportunidade de dar a notícia em primeira mão, pira — adianta Claudia, que jura nunca ter sido alvo de fofocas maldosas: — Tenho uma relação de parceria com a imprensa. Acho que a única coisa que me incomodaria na vida seria se eu tivesse enterrando meu pai e viesse um paparazzo fazer uma foto minha. Eu acho que isso ia me deixar muito triste.
A própria atriz se viu recentemente “obrigada” a assumir o namoro com o modelo Rodrigo Bonadio, 30 anos mais novo, já que era sempre vista circulando com o rapaz, segundo várias notinhas publicadas. O curioso, no entanto, é que não foi a imprensa que a pressionou:
— Rodrigo me deu uma dura: ‘ou você me assume ou eu tô fora’. Eu disse: ‘Mas Rodrigo, você tem 20 anos, eu tenho 50’. Ele retrucou, dizendo que ‘a Madonna pode’. Então, resolvi tentar. Estamos namorando oficialmente.
Do mesmo lado
Na linha de frente de “Vida alheia”, a revista, estão a repórter Manuela, interpretada por Danielle Winits, e o fotógrafo Lírio, de Paulinho Vilhena. Este, inclusive, no passado, viveu entre tapas e beijos com os paparazzi.
— Como ator, nosso papel é o de observação. Já me deparei algumas vezes com paparazzi como o Lírio, sim. Acho que essa comédia vai fazer o público ter um entendimento maior sobre os artistas e a imprensa — avalia o ator, que fotografou os bastidores do programa com exclusividade para a Cana Extra: — Já tinha alguma intimidade com fotografia. Tenho um equipamento bacana, e faço fotos pessoais com ele. Quis pegar a intimidade dos bastidores, mas avisei aos colegas que ia fotografar.
Recém-separada de Cássio Reis — ela fez questão de anunciar através de sua assessoria para evitar maiores especulações — Danielle está agora em outra ponta. Manu, aspirante a editora, não mede esforços para se dar bem numa reportagem. Em alguns episódios, chega a se disfarçar para obter o furo.
— Já tenho uma bagagem desse outro lado também. O limite da invasão para mim é onde me reservo o direito de exercer minha liberdade calada — diz a atriz.
Para Miguel, o assunto não poderia ser mais atual, já que todos parecem querer espiar pelo buraco da fechadura:
— É fato que muitas pessoas têm interesse pela vida alheia. Isso não é um fenômeno recente. Todos sabemos que existem os dois lados da moeda também. Tanto a imprensa fica atrás da vida pessoal de artistas, quanto alguns artistas tiram proveito da situação para estarem sempre na mídia. A revista de celebridade é boa quando tem comprometimento ético.

Fonte: Extra

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